RSS
Write some words about you and your blog here

Sob a Chuva


Atualmente estou escrevendo o segundo volume de uma historia que nasceu há alguns anos atrás; na verdade escrever não é o termo correto... Já está tudo escrito em cadernos que está cuidadosamente guardados em minha gaveta; mas depois que os personagens haviam concluído sua missão e que tudo havia terminado, vi que muita coisa podia ser acrescentada, outras retiradas e muitas – muitas mesmos – que poderiam (ou melhor, deveriam) ser modificadas.

E é a este livro que dou prioridade a dedicar grande parte do pouco livre que tenho. No entanto, a saga de “Stones” não é a única história que carrego dentro da minha cabeça. Por mais mentiroso que possa parecer, hoje existem cinco enredos que pretendo, ou melhor, vou transformar em livros. Isso sem mencionar os contos que às vezes surgem do nada e se apossam de mim de tal maneira, que só me aquieto quando o coloco no papel.

Diante do número de coisas que preciso e que quero escrever e do pouco tempo que tenho pra fazer isso ( a vida de adulto realmente é chata, sempre tem pouco tempo para fazermos aquilo que realmente queremos fazer) eu tenho o profundo e impossível desejo de, pelo menos por um mês, ser como aquela deusa indiana(cujo nome sempre me esqueço) que tem vários pares de braços... Se isso realmente possível, eu poderia escrever até três livros de uma vez, mais os textos que mencionei e ainda sobrava braços pra eu aprender a tocar teclado.

Entre esses cinco livros que estão devidamente enraizados no meu cérebro, há um que tenho uma vontade imensa de começar a escrever logo: “Giovana”. O por quê dessa vontade de começar a me dedicar a ele primeiro, sinceramente não sei dizer. Tudo que posso dizer é que tenho certeza que não é por que estou enjoada de “Stones” (tenho certeza que tal fato nunca ocorreria, nem mesmo se eu fosse possuída por um espírito maligno) e especular que talvez seja por que me identifico muito com a protagonista mais do que qualquer outro personagem de uma autoria (embora cada um deles tenha uma característica minha, por menor que ela seja).

O caso é que às vezes, algumas partes de “Giovana” se apossam de mim com a mesma (arrisco dizer que até mesmo maior ) intensidade que os contos que já citei acima, que só fico tranquila – e não me cobrando – quando o coloco por completo no papel. Enquanto não faço isso, a cena se desenrola repetidamente, desenvolvo os diálogos mentalmente e uma voz irritante começa a martelar na minha cabeça “Por que não colocou no papel ainda? Tá esperando o quê pra escrever?”

E eis que mais uma vez isso aconteceu. Em questão de minutos toda a parte do primeiro dia de casados de Giovana e Lisandro estava prontinha dentro da cachola, gritando com um mega-fone pra ser escrita.

Como quase todos os dias chegou uma hora mais cedo no trabalho, sempre fico esse tempo no Bistrô (uma espécie de restaurante) que fica na cobertura do edifício que trabalho; lendo ou escrevendo, então só precisei usar esse tempo pra pôr a mão na massa. No papel, melhor dizendo.

Não foi complicado escrever esse rascunho, afinal ele já estava prontinho, sem buraco algum. A única coisa que fiz pra me ajudar a dar a escrever, foi ficar ouvindo a música “While your lips are still red” do Nightwish, repetidamente. Assim foi ainda mais fácil entrar na pele de Giovana e Lisandro (sim, quando eu estou escrevendo tento pensar como o personagem); sentir o amor que um sente pelo outro e imaginar o que cada um sentia naquele momento tão íntimo e especial pra ambos.

Como uma adoradora de dias de chuva, não é difícil imaginar que acabei colocando no contexto o meu ideal romântico pra aquela situação. Muitas pessoas podem não gostar de chuva e até achem que uma manhã radiante de sol se enquadre melhor no contexto e até ajudaria a ilustrar de forma mais intensa ao leitor o estado de felicidade dos personagens. Só que, além de achar que ficar meio clichê e considerando que todo o enredo da história, tive certeza que a chuva era mais do que perfeita pro contexto.

Entre outras palavras, sou sincera ao dizer que gostei bastante deste rascunho. Bastante o suficiente pra ter certeza absoluta que ele vai entrar integralmente no livro e, que se eu fizer algumas modificações, será muito poucas.

Curioso é que este não é o primeiro rascunho de “Giovana” que escrevo. Na verdade é o mais recente. Tem outros guardados, que mais a frente, talvez eu possa postar aqui pra saber a opinião dos freqüentadores deste blog. Afinal, todo escritor gosta de receber criticas, sejam boas ou não; são elas que indicam se você está ou não no caminho certo.

Apresentação

“O QUE HAVIA NA CABEÇA DELE(A) QUANDO ESTAVA ESCREVENDO ISSO?”

Essa é uma pergunta que sempre surgia quando eu estava lendo algum livro; ou melhor, isso ainda acontece, ainda mais quando o livro é muito bom. Acredito que quase todo mundo, pelo menos uma vez na vida, se perguntou de onde o autor(a) havia tirado inspiração para criar determinada história; se os personagens haviam sido inspirados em pessoas que ele conhecia ou se foram produtos da imaginação dele(a); por que ele(a) decidiu que o enredo tomasse tal rumo e não outro; entre outras coisas do gênero.

Claro que para muitos isso pode parecer uma curiosidade boba e sem sentido, que só é saciada quando o autor fala ou escreve sobre sua obra. Mas ainda sim, acho que seria legal que todo o leitor soubesse pra entender melhor o quê o autor(a) queria passar quando estava escrevendo.

Com qual dos personagens de “O Senhor Dos Anéis” Tolkein mais se identificava? Em quem Lewis havia se inspirado pra criar Lúcia; ou será que ele a criou baseando-se na idealização pessoal que ele tinha de uma garotinha perfeita? De onde vem a fascinação de Anne Ricce por vampiros? Será que Pullman, por trás da fantasia que criou em sua famosa triologia, acredita realmente que Deus não é o criador de nada e só se apossou do título por que não tinha ninguém olhando? Teria Paulo Coelho passado por situações parecidas que estão em seus livros, ou ele criou tudo aquilo só com o objetivo de ajudar as pessoas com seus livros? Por que diabos J.K. Rowling matou justo Severo Snape?

Essas não são nem um centésimo de todas as perguntas que já me fiz enquanto estive lendo. Pode parecer bobeira, mas adoraria saber as respostas pra todas elas.

Diante disto, decidi criar essa sessão no blog, onde colocarei tudo o que estava passando na minha cabeça quando escrevi determinado texto; o que me inspirou, de onde os personagens surgiram e o por que da personalidade de cada um; por que decidi fosse de um jeito e não do outro; e essas coisas.

Certo que ainda não sou uma escritora renomada como os que citei acima(ainda não tenho nenhuma obra publicada ¬¬’), só que ainda sim, achei que se os leitores deste blog tivessem curiosidade de saber o que estava na minha cabeça, enquanto a lapiseira corria livre pelo papel(primeiro escrevo a mão e depois digito tudo).

Sintam-se livre pra fazer perguntas também; vou amar respondê-las.

Obrigada pelo apoio de todos.

Até a próxima