RSS
Write some words about you and your blog here

Quem é Atelas?

Escrever sobre Atelas é uma tarefa fácil e ao mesmo tempo extremamente complexa.

Digo isso porque trata-se nada mais nada menos do uma das principais personagens de toda a saga dos livros “Stones”(embora muitas vezes ela mais pareça ser a personagem principal, já que toda a trama gira em torno dela, tanto na vida anterior, como na atual); sem contar que quase todos os personagens foram criados depois dela, e um bom número foram criados pensando nela. Ou seja, a importância que ela tem em todo o enredo faz com que falar de desta personagem seja uma grande responsabilidade.

Atelas foi uma dessas personagens que meio que surgem de presente na cabeça de um autor; algo semi-pronto, que não exige muita imaginação para deixá-lo exatamente do jeito que se quer. É mais ou menos como ganhar uma estátua de gesso prontinha, na qual você só precisa se dar ao trabalho de pintá-la ao seu gosto. Com Atelas foi exatamente assim; num simples estalar de dedos ela estava ali; só precisei pensar mais um pouquinho(modéstia à parte não tive trabalho algum) para trabalhar um pouco mais a personalidade, sua história e a relação que teria com cada personagem que vai aparecendo ao longo do livro.

E “BADABIM-BADA-BUM”! Lá estava a Representante de um dos Anjos de Eternia, prontíssima.

Desde que comecei a escreve “Stones” a idéia inicial era fazer de Atelas e Glauir(seu par romântico tanto na vida passada quanto na atual) os personagens principais, no entanto, desde que escrevi o prólogo, vi que todo o destaque é para a jovem paladina. Querendo ou não, mesmo Glauir sendo um personagem ótimo(modéstia à parte) acaba perdendo parte de seu “brilho” em batalhas quando Atelas está por perto (talvez inconscientemente sabendo de tal fato, coloquei esses dois separados desde o começo de “Stones”: para das mais destaque para a atual vida de Glauir, o que é um pouco mais fácil mantendo Atelas um pouco longe).

“Por trás de todo bom santo há um grande demônio controlado”. Não lembro quem é o autor dessa frase, só sei que a escutei há uns tempos atrás e resume bem uma das características que mais gosto nesta personagem. Arrisco dizer que a maioria das pessoas que já leram meu livro(tanto algumas partes como na íntegra) gostam dela exatamente por isso. Gentil, amável, solícita, carinhosa com todos que ama, é aquela típica pessoa que em uma batalha o adversário não dá absolutamente nada por ela; sem contar que sua aparência frágil e delicada contribui ainda mais para tal julgamento. No entanto, basta começar uma batalha para o oponente se ver completamente equivocado. Atelas bate como um homem e tem uma habilidade com espadas pra Musashi nenhum colocar defeito.

Gosta de ser forte não pra usar sua força de forma exibicionista, mas sim pra ter certeza que é forte o suficiente pra proteger tudo aquilo que ama.

“[...]há um grande demônio controlado”; isso não se refere apenas a força descomunal por trás da aparência inofensiva. Em certas ocasiões, mais precisamente quando ferem algo ou alguém que ela ame muito, ela perde completamente todo o controle sob seu “lado malvado”, tornando-se um demônio devastador e impiedoso, que só se acalma quando a vida do oponente não existe mais.

Se escrever um personalidade assim é complicado? Na verdade, não muito. Só é necessário um pouco de atenção pra na hora que o “demônio” é despertado, fazer a transição sem forçar a barra e sim deixar ocorrer da maneira mais natural possível. Acredito que o quê ajudou bastante pra tornar isso fácil tenha sido o mangá “Ruroni Kenshin”, de Nobuhiro Watsuki. O personagem principal também tinha seu “lado negro”, assim, pude ver como explorar essa característica da melhor maneira.

Sim, por incrível que pareça a personagem que me ajudou a moldar os últimos detalhes de Atelas, é Kenshin Himura(um homem?!), que também é solícito, amável, ninguém dá nada por ele numa luta, maneja um a espada com um bicho e, vez ou outra, quando seu lado negro desperta (da época em que era conhecido como “Retalhador”), sedento por sangue e morte.

Talvez – ou melhor, bem provável – Atelas tenha surgido tão prontinha na minha cabeça e tão semelhante ao Kenshin por eu ser uma fã do personagem (assim como algumas de suas últimas características foram pensadas inspiradas no ex-retalhador).

Atelas e Kenshin podem ser bastante semelhantes, todavia possuem histórias tão distintas que é uma insanidade se quer mencionar que ela é uma cópia de Himura. São personagens distintos entre si e que vivem em universos completamente diferentes.

Bem, essa é a primeira vez que escrevo os “comos” e “por quês” de algum de meus personagens e meio que não consegui pensar em ninguém melhor pra ser o primeiro do que uma das minhas favoritas(embora ame todos os outros), sem contar a personagem principal de “Stones”.

O Vampiro Armand – Anne Rice


Antes de mais nada, dizer que sou uma grande fã de Anne Rice que já li quase todos os seus livros, seria uma das maiores mentiras que eu poderia contar. Sou uma grande fã, mas li apenas dois livros da celebre “mãe” de Lestat; entretanto, “Entrevista com o Vampiro” e “Pandora” foram o bastante para que eu criasse uma admiração especial pela autora e por seus vampiros que quando não são os predadores mortais, conseguem ser complexos, confusos, sentimentais, apaixonados, manipuladores e dependentes de afeto como qualquer humano.

Gosto dos vampiros de Rice exatamente por esse lado humano que cada um deles carrega; talvez seja isso que os tornam tão fascinantes: a humanidade que ainda palpita - mesmo que mínima em alguns – em cada um deles, desde o sentimentalóide Louis, a apaixonada Pandora, o religioso Armand até o sedutor e egocêntrico Lestat.

Há alguns dias atrás ganhei de Natal “O Vampiro Armand”; sim, o vamipro que se apaixonou pela aparente fragilidade de Louis e que foi tão bem interpretado por Antônio Banderas na adaptação cinematográfica de “Entrevista com o Vampiro” (um dos filmes que teve o roteiro mais fiel ao livro que já tive o prazer de assistir). Só que nesse livro ele é o personagem principal.

Ainda não o li todo, na verdade não estou nem na metade, logo, pode parecer prematuro tentar escrever uma resenha agora. No entanto, o desenrolar da história está tão bom, tão bom, que acabei decidindo escrever assim mesmo e quando acabar de lê-lo, escreverei o que achei do livro num todo.

Assim como em “Entrevista com o Vampiro”(no qual Louis da uma entrevista a um jovem repórter, sobre sua vida como mortal e como a imortalidade lhe foi dada ao cruzar com o galante Lestat) e “Pandora”(onde, a pedido de David, uma das vampiras mais antigas do Universo de Rice, escreve sua auto-biografia, desde que era uma garotinha falante e inteligente em Roma), “O Vampiro Armand” é narrado em primeira pessoa. Armand, assim como Pandora, é abordado por David, que lhe pede para que lhe conte sua historia, escrevendo sua auto-biografia e mesmo que um pouco relutante, acaba cedendo e colocando sua vida no papel.

Ele não tem recordações de sua vida desde que fora pego por mercadores e transformado em escravo. As memórias dele são mais vivas a partir do momento que seu caminho cruza com o do estranhamente belo e talentoso Marius.

Ao chegar à casa de seu novo mestre, Armand – que não se recordava do próprio nome - acaba recebendo o nome de Amadeu. E para sua surpresa, fora levando para aquela casa não para ser um escravo e sim para ser educado e amado, como todos os outros meninos e rapazotes que viviam naquela propriedade veneziana, sob tutela de Marius. E para sua surpresa maior, acaba se tornando o favorito de seu Mestre, tornando-se então seu amante, dando início a uma historia de amor, luxúria e sangue.

Muitas pessoas podem achar repulsivo o relacionamento entre indivíduos do mesmo sexo, ainda mais quando é colocado no livro de maneira tão explícita, como as noites de amor entre Mestre e servo, ou as idas de Amadeu aos luxuosos bordéis de Veneza. Se você for uma dessas pessoas, que desaprova relacionamentos homossexuais até mesmo na ficção, meu conselho é: não leia “O Vampiro Armand”.

Se por outro lado, você for como essa que voz escreve, que não vê qualquer problema em relacionamentos deste gênero e que vê algo além do sexo e desejo ligando duas pessoas do mesmo sexo, ou seja, amor, e ainda por cima gostar de vampiros, não deixe de ler “O Vampiro Armand” quando tiver oportunidade.

Sim, amor sim. No começo da trama, poderá parecer que só o que o que explica a devoção de Amadeu a seu Mestre é a sua condição de servo somado ao seu desejo por ele; ou de Marius só tem tal predileção por seu servo por ser aquele que acha mais belo entre seus tutelados, mas com o decorrer da história, vê-se que o quê os une é muito mais forte e complexo que isso: é realmente isso. Amadeu ama cada um dos poros da pele de mármore de seu Mestre e arrisco dizer que também o ame devotadamente justamente por nunca ter sido tratado como escravo, ou seja, não era forçado a nada. Por sua vez, Marius ama a doçura que seu amante parece transpirar a cada segundo; se apaixona pela forma como seu anjo se apaixona por ele. Sim, o assassino que se apaixona, que ama, que deseja... Um predador mortal que se perde ao beijos de uma presa...

Paixões, luxúria, um rapaz com cara de anjo, um vampiro capaz de amar... Definitivamente um prato cheio pra todos os gostos.

Apresentação


Pode ser que eu esteja mais do que enganada, mas tenho quase certeza que todo escritor/compositor/poeta, independente que seja amador ou profissional, tenha leitura como um de seus passatempos favoritos.

Se isso for realmente uma característica comum pelo menos para maioria dos indivíduos desta espécie que se sentem plenos e completos quando estão colocando no papel algo que surgiu em sua mente, então posso me sentir mais pertencente a essa espécie do que já me sinto; que ô criatura pra gostar de ler é essa tal Rafaela Rocha. Quer fazer ela ficar com um sorriso de orelha a orelha? Lhe dê um livro que ela não tenha.

Sim, eu amo ler. Livros e mangás são minhas paixões; desde criança sempre amei ler e o amor cresceu à medida que crescia o número de velinhas que colocavam no meu bolo de aniversário.

Até há alguns meses atrás eu tinha um amigo que gostava tanto de livros quanto eu(ele também era, ou melhor, ainda é um escritor amador) e passávamos horas e mais horas falando sobre os livros que estávamos lendo, os que já havíamos lido e os que pretendíamos ler. E o teor das conversar iam desde comentários adotados pelo autor(a) ao escrever o enredo até analises psicológicas dos personagens(pode parecer coisa de louco, mas era bem divertido ver pontos de vista de duas pessoas em torno de uma personagem). Concordo que para algumas pessoas isso pode parecer coisa de maluco, mas existe algum escritor/compositor/poeta completamente normal?

Hoje esse rapaz e eu não somos mais amigos e às vezes sinto falta de ter com quem conversar sobre o que estou lendo e alguém falar sobre o livro que está lendo; se ele indica ou não; se acha a idéia boa ou se a narrativa é daquelas de prender qualquer um; enfim, essas conversas que eu tinha com ele.

Claro que posso ler resenhas feitas por fãs de determinada obra, no Orkut é o que mais tem; é obvio que posso escrever resenhas também, mas não é exatamente a mesma coisa.

Então, para amenizar a falta daquelas conversas, passarei a escrever resenhas, quer dizer, tentar escrever resenhas sobre os livros que eu for lendo. Não vai ser algo do tipo “minha nossa senhora, que resenhas maravilhosa”, mas farei o máximo que minha habilidade de escritora amadora permitir.

Assim, está aberta mais uma sessão no blog “A Escritora e o Pendulo”.