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Sob a Chuva - 3


Lisandro observou a rainha caminhando lenta e graciosamente até a mesa onde estava a refeição, sem deixar de admirar a nudez da mesma. Não era só por ser sua esposa ou por que a amava além de sua compreensão, mas o corpo dela era hipnotizante. Parecia uma escultura viva de tão perfeita; não havia defeitos; tudo era harmonioso entre si, desde a proporção instigante de sua silhueta até o contraste perfeito da alvura de sua pele, com o castanho escuro de seu cabelo.

Sentiu uma onda quente de excitação começando a correr por seu corpo, diante da visão que estava diante de seus olhos. Como alguém podia ser tão meiga, tão doce e ao mesmo tempo tão sensual e provocante? Estaria ela andando nua pelo quarto intencionalmente para instigá-lo ou estava fazendo aquilo sem malicia nenhuma? Não tinha resposta para aquelas perguntas, só sabia que a visão de sua esposa nua era-lhe tão provocante que precisou colocar uma almofada por cima de sua parte intima para cobrir sua excitação.

-Nossos planos de cavalgar mais tarde estão indo de água a baixo, literalmente – comentou ela, enquanto colocava uma variedade de coisas gostosas na bandeja. – Pelo barulho da chuva, parece que não vai parar tão cedo. Se duvidar vai chover o dia todo.

-Não me incomoda nenhum pouco em podermos ficar no quarto praticamente o dia todo – comentou o licantropo com um sorriso travesso, com um toque de malícia. – Um dia de chuva é perfeito pra ficar na cama, debaixo das cobertas...

-E pela forma como você está falando, será pra fazer tudo, menos dormir...

-E pra estar andando nua pelo quarto, sou capaz de apostar minha cauda, que você achou a idéia ótima.

-Desde quando você aprendeu a ler mentes e não me contou?

Ambos riram gostosamente um do outro. Giovana levou a bandeja pra cama, para comer junto com o marido – que também deveria estar com fome – e enquanto caminhava, sentia os olhos do marido apreciando-a, como se estivesse vendo o ser mais belo e perfeito da Criação; ansioso por tocá-la e amá-la intensamente como havia feito à primeira vez... Será que ele não tinha consciência da própria beleza? O quanto seu corpo atlético e viril era provocante e a como perfeição de seu rosto afloravam a os instintos de qualquer mulher? Quantas vezes havia visto inúmeras mulheres devorando-o com os olhos quando ele passava... Ele poderia ter tido todas que quisesse, quantas vezes desejasse; mas ele só quis uma, só desejava ela...

Ambos comeram em silencio, não achando necessidade de trocarem qualquer palavra; deixando que seus olhares, sorriso apaixonados e caricias ternas falassem por si só.

Lisandro estava na quinta fatia de bolo ( só àquela hora foi se dar conta o quanto a euforia do casamento o fizera comer pouco no dia anterior) quando notou que Giovana estava olhando fixamente para a janela, não com o olhar fixo de quem está observando algo, mas com o olhar que vago de quem estava com pensamento bem distante dali.

Já havia visto aquele olhar outras vezes. Já fazia algum tempo que não o via, mas ali estava ele novamente. Sentiu seu estômago despencar e uma onda fria de medo correr sem piedade por suas veias e uma onda fria de medo correr por suas veias e se enraizar no seu coração. Sempre que a via com aquele olhar e perguntava no que ela estava pensando, quase sempre a resposta era a mesma.

Por isso mesmo o medo surgiu. Queria saber onde o pensamento dela estava, e ao mesmo tempo tinha o receio quase irracional de ouvir o que não queria. Claro que deveria estar mais confiante. Ela já havia falado milhares de vezes que o amava, estava casada com ele, entre outras milhares de coisas que deveriam lhe dar a certeza que Giovana havia esquecido Victor definitivamente... Mas ainda assim...

CONTINUA...

2 comentários:

Unknown disse...

Nessa parte o contraste foi quebrado, e ambos, personagem e narrador, misturaram suas formas de linguagem.

O texto está interessante. Um tipo de narração que realmente prende o leitor.

Veremos o desfecho.

=***

Melissa Garcia disse...

Nossa! Muito bom! Vc escreve muito, muito bem! Fico impressionada! Amei, casal mais fofo EVER!

=***

Unknown disse...

Nessa parte o contraste foi quebrado, e ambos, personagem e narrador, misturaram suas formas de linguagem.

O texto está interessante. Um tipo de narração que realmente prende o leitor.

Veremos o desfecho.

=***

Melissa Garcia disse...

Nossa! Muito bom! Vc escreve muito, muito bem! Fico impressionada! Amei, casal mais fofo EVER!

=***